lunedì 17 maggio 2010

Poema


E há poetas que são artistas
E trabalham nos seus versos
Como um carpinteiro nas tábuas!...

Que triste não saber florir!
Ter que pôr verso sobre verso,como quem constrói um muro

E ver se está bem, e tirar se não está!...
Quando a única casa artística é a Terra toda
Que varia e está sempre bem e é sempre a mesma.

Penso nisto,não como quem pensa, mas como quem respira.

E olho para as flores e sorrio...
Não sei se elas me compreendem
Nem se eu as compreendo a elas,
Mas sei que a verdade está nelas e em mim
E na nossa comum divindade
De nos deixarmos ir e viver pela Terra
E levar ao colo pelas Estações contentes
E deixar que o vento cante para adormecermos
E não termos sonhos no nosso sono.

Do livro de Fernando Pessoa
Poemas de Alberto Caeiro


4 commenti:

Rosana Sperotto ha detto...

Que delícia começar a semana com Fernando Pessoa! Beijo

Lata de Luxo ha detto...

Ola,querida amiga.
Que belo poema.Que presente bom ter Fernando Pessoa para nos agradar e fazer pensar.Gde beijo.zenaide storino.

Carla ha detto...
Questo commento è stato eliminato dall'autore.
Carla ha detto...

Olá Joana,
Amei mesmo seu blog,Como não se emocionar chegando nova em um blog e lendo Fernando Pessoa,já estou te seguindo e agora te convido a conhecer e seguir o meu blog.Não sei ainda fazer patch,mas fiz uma bolsa sozinha(isso que foi demais!!!!!aprendendo no youtube,via um pedacinho sentava na maquina,via outro voltava lá,consegui fazer uma bolsa em dupla face,não podia acreditar)e o mais bacana é que ela ficou mesmo muito bonita,bom foi o que disse marido e filhas,acho que não vale né???Faço outras artes,pinto,cozinho,decoupage e o que vai aparecendo,assim uso como uma linda terapiapara a vida.Aparece por lá e me deixa um recadinho.
Beijos do Brasil,
Carla